(in)decisões

Existem momentos em nossa vida que nos vemos em caminhos que podem ser trilhados a partir das decisões que tomamos. As vezes paro para refletir o quão diferente minha vida estaria se eu tivesse trilhado o caminho da esquerda invés de o da direita. Se, ao invés de ter entrado em determinada faculdade, tivesse escolhido outra. Como eu estaria se eu tivesse tomado uma decisão pautada apenas na minha razão e experiências e não na dos outros. Mas ao mesmo tempo, eu não seria a mesma mulher que sou hoje se tivesse trilhado o caminho da esquerda e é essa a mágica: nossas decisões nos levam para exatamente onde estamos e não devemos nos arrepender disso. É muito importante termos bem definido nossas noções de mundo e a percepção de que não há espaço para arrependimentos pelas atitudes tomadas, todas elas tinham um propósito de aprendizado. Dentro disso, paira em mim uma enorme indecisão quanto ao futuro e a ansiedade logo toma conta de mim: o que devo fazer? Para onde devo ir? Será que continuar no caminho da direita ainda é o mais adequado para a pessoa que sou hoje? A verdade é que nunca estaremos prontos para tomar uma decisão completamente consciente e é tudo bem isso. Não precisamos carregar o mundo nas costas e nem precisamos provar para todos que somos fortes e não sofremos. Nós erramos, aprendemos e melhoramos. É a única forma de evolução. Nunca aprendi nada sem dor, sem errar ou sem acertar. Nesses últimos tempos me vi fortemente escorada na opinião dos outros, como se muletas fossem e no momento em que eu abdiquei de fazer algo que era minha vontade por não ser a vontade de outra pessoa, eu percebi o quão errada estava. Ninguém tem as nossas vivências, ninguém carrega nossas dores e alegrias, ninguém vive o nosso relacionamento, então me responde: como alguém pode ter a solução perfeita para algo que não tem nem noção do que aconteceu em sua totalidade? É tolice apoiarmos nos outros para pautar nossas decisões, somente nossas experiências são capazes de delimitar o que é bom ou ruim para nós mesmos. Liberte-se, viva, aja de acordo com sua vontade, pois na realidade, não há arrependimento maior do que viver na incerteza do "e se?"